sexta-feira, 9 de abril de 2010

Vida passageira numa cadeira de balanço

Da área de sua casa
Numa cadeira de balanço
Uma velha com um gato no colo
Balança e vê a via passar.
O gato também balança
E acaba por adormecer
Dormem no mesmo balanço
A velha que descansa
E o gato que dorme
A velha que dorme
O gato que descansa
E a vida passa
Passageira ela passa
Num instante
Breve existência que passa
Ligeiro passa
Passa na rua o vendedor de pamonha
Pamonha de Piracicaba
A primavera passa
A juventude passageira
Do rock da pesada que passa
Até mesmo Carlos Drummond e Andrade
Passou deixando atrás de si
Um rastro de versos livres
Totalmente livres
Que passam a minha vida
Em reverso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário