segunda-feira, 17 de novembro de 2014

All ye who have laughter
And life and dreams
Watch his silent despair
Thee, miserable poet
Cursed by thy poetry
Open thine eyes to wonder
As thy falling descent to darkness
Madness welcomes you back
And in the chaos, go!
Fare thee well, oh pilgrim!
Leave behind all ye earthly possessions
All ye sadness and bitter tears
For in the darkness in thine heart lies
The pure white pearl of sanity.
Now go! Godspeed!
Let the wind in thy face dry your tears
Let the storm cleanse your body with thunder
Embrace thy descent,
Drop thy sadness and pains and wraiths
- life leechers of thine heart
And come back radiant, shrouded in glory,
Wielding sanity and life and hope!
Godspeed!

sábado, 15 de novembro de 2014

Noites de frio e vazio

Essas noites de frio
Dias de muito vazio

Prato cheio, barriga vazia
Caixa d'água cheia, chuveiro seco
Cama pronta, olhos abertos
Mundo em carnaval natalino, ermitão

Onde deixei meus pedaços
Por onde risquei meus traços
E por que não tenho abraços?

Essa sombra, esse corvo de Poe

Você aqui era o que eu queria
E não noite fria e vazia
Como sua pasta de dentes (quase) vazia
Que você esqueceu sobre a minha pia.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Atire a primeira pedra

Tenho nojo ao amor.
Nojo.
Desprezo e refuto essa idéia
De que o amor, tal qual é vendido,
Seja a solução de nossos problemas.

Como seria? Se essa droga nefasta
Já fez mais gente sofrer e chorar
Que todas as guerras da história?
O amor é como a morte,
(Isso se não for a face irônica da morte)
Ele surge sem aviso
Toma a pessoa sem chance de defesa
Contamina a pessoa por dentro e
Pasme! Fatalmente um dia morre lá dentro,
Como um parasita que te devora aos poucos
E depois morre, apodrecendo dentro de você.

Quem nunca carregou (ou carrega)
Um cadáver podre e infecto
Que atire a primeira pedra!
Prometi que não escreveria mais.
Tolo.
Me pego pensando onde vou publicar,
Quem vai ler,
Quantos vão aplaudir,
Quem vai invejar,
Quantas apaixonar...

Bobagem. Usar palavras para...
Para sombrear verdades e então:
Dizê-las da forma mais crua
Mais fria (sem uma gota de anestesia)
E com as unhas longas e imundas
Raspar as feridas de todos
Com um floreio de voz
Flores e perfumes
Infectar e re-infectar memórias
Desenterrar assombrações
SIM!!
Poesia é quase magia negra
Engana-se quem pensa que é boa.
Não é.
Da minha voz saem os ecos
Dos gritos dos seus fantasmas
E euu ESPERO que te atormente,
Maldito que admira minha maldição.
Espero que minha poesia te infecte
Te atormente e te contamine
Para que este PUS
Que todos chamam 'lirismo'
Possa sair da minha alma
E me traga algum alívio.

Então não sorria esse sorriso bovino
E feche esses seus olhos brilhantes,
Para que - por Deus -
Eu não veja neles minha dor,
Desespero e agonia
Convertidas em tamanha beleza.