sábado, 10 de abril de 2010

Uma vida efêmera

Ainda que segredos possam ser
Guardados em baús empoeirados
Que enterramos nos porões profundos
De uma memória desprezada até o esquecimento
Como fosse possível destruir as casas
De um passado longínquo em que habitamos.
Se ainda fosse possível
Das ruínas surgiriam os fantasmas
Exigindo reconhecimento
Pois nem os fantasmas podem ser esquecidos
Nem a tristeza da separação
Quem viveu calará por um momento
Quem não viveu nada terá para ser lembrado
Somente os amores não realizados merecem
Consideração.
Pois continuam existindo como sonho
Daqueles puros de coração.
Pois a vida não passa de um sonho
Vivido com intensidade
Como tudo nela fosse verdade.

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