sábado, 3 de abril de 2010

A louca da rua

A louca da rua também
Arrumou um namorado
Com ele arrumou sua vida
Que antes solitária vida
Não havia quem podia
Continuar a semear em
Canteiro vasto e adubado
Sementes de gergelim
Que nada produzia
Além de fadiga pela espera
De uma colheita
Que nunca acontecia.
Assim era vida da louca
A louca da rua
Que nada queria
Queria
Somente um namorado
Podia ser vesgo
Sem uma perna
Cicatriz no rosto
Qualquer coisa que seja
Apenas tinha que ter
Um coração afável
Capaz de amar até mesmo
A louca da rua
Que enlouquecida de amor
Ao primeiro daria
Seu coração
Seu corpo inteiro
Daria a sua vida
Por amor
Só por amor.
Por isso chamavam-na de
A louca da rua.
Somente os loucos
Loucos de verdade
Verdadeiramente amam
Sem medida sem rancor
Por amor.
Por amor.

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