terça-feira, 20 de abril de 2010

O monge




Bateu à porta do templo
Sem nada, andarilho, perdido.
'Entre, seja bem vindo'
Entrou, sentou,
Comeu, sentou,
Trabalhou, sentou
Limpou, sentou,
Leu, sentou,
Rezou, sentou,
Costurou, costurou,
Costurou, sentou,
E sentado, calou.
No daike, taiko,
E o fumo do incenso chamou...
Pronto seu manto, voltou a ser monge
Monge, já há muito ordenado
De volta a seu templo, chamado.
Mendicante, tomou a estrada,
Saiu como entrou: sem nada
Deixou no templo o hashi,
E os chinelos na escada...


(dedico aos meus irmãos do Bushinji)

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