As manhãs de inverno
são profundas
nas ruas curvas
conduzindo almas
para lugar algum.
E no fundo da alma
os viajantes perdidos
não possuem bússolas
num mar sem vento.
Numa procura em vão
até o esquecimento
os amigos se foram.
Vieram outros
conversaram asneiras
carregadas pelo vento.
Também estes
se foram.