domingo, 7 de março de 2010

Viver sem ousadia

Uma certa falta que faz
A ausência sentida dela
Que numa noite qualquer
Como esta se foi de repente
No rabo do vento sorrateiro
Para não voltar mais.

Queria ser feliz
Queria colecionar figurinhas
Nada mais do que
A vida comum
Tão comum que não serviria
Para ela
Tão cheio de vida
Sonhada e transgressora
Feita à sua imagem.

Uma vida comum
Não passa de repetição
De gestos cansados
Que por acomodação
Nada faz de diferente.

Uma vida incomum
Tem os perigos da ousadia
Vencendo as dificuldades (ou não)
De uma trilha nova
Que pode ser provocação.

Nesta a felicidade
Não é condição.

Importante é a vida
Na contramão dos
Acontecimentos.

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