segunda-feira, 8 de março de 2010

Metrópole cinzenta

Nesta minha cidade congelada
De formas retas e parabólicas
Rasgando o cinza da fumaça que paira
Queimando a retina
A narina das senhoras intrometidas
Que folheiam o almanaque cultural
Revista que conta tão somente
Escândalos da vida banal.

Mergulhando em seu próprio desespero
Nenhum caminho leva a um ponto inteiro
Que seja solução
Pelo reverso
Continua errando continuamente disperso
Entre a população.

Existe certa tristeza desejada
Pelas esquinas de ruas escuras
Que não escondem mais
Corações maltratados
Pelos amores que passaram.

Em completa desilusão
Ainda há a beleza da bailarina
Numa caixinha de música
Que dança indiferente a toda
Destruição.

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