Em cada abandono
Mais a vida se amplia
Em cujo chão que piso
Não preciso de apoio.
Só preciso dos olhos largos
Da mulher que veste branco
A me dar o beijo frio
Em cada despedida.
Rodopia a dançarina
Numa caixinha de música
Que pára de rodopiar
Quando acaba a corda.
Para que chorar
A fuga do canarinho
Se nada pode ser
Definidamente prisioneiro.
Antes do temporal
Recolho nas mãos
As margaridinhas
De centro amarelado.
Passou Jurema
Passou Iracema
A vida passou...
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