Chora por mim
Argentina!
Que a dama que baila
Tenta fugir dos braços meus
Que rodopia em seus sapatos
De bico fino.
Seu vestido colado ao corpo
Delgado como uma gazela
De rosto pálido e boca carmim
Chora por mim
Argentina!
Que a miséria te persegue
No subúrbio de Buenos Aires
De jovens enlouquecidos
Que não trabalham
Que não estudam
Que morrem entorpecidos
Da fumaça ácida dos cigarrilhos
Chora por mim
Argentina!
Porque o tempo passou
E não há mais motivo
Para sorrir.
Mas continua bailando
Para espantar o medo
Dos fantasmas do passado
Que novamente assombram
Os transeuntes de Corrientes.
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