domingo, 30 de janeiro de 2011

Os males do Amor

Um cão de três cabeças
Guarda a porta de Hades
Para que nenhum demônio
Fuja e ponha o mundo
De ponta cabeça.

Um dia a corrente rebentou
E Cérbero se pôs a vagar
Pelas noites e uivar para a lua.
Todo o Terror debandou-se afora
E todo o Amor se pôs a corromper
Em completa liberdade os homens sedentos
De Amor pelas mulheres sedentas também.
Embriagaram-se pelas vinhas de Dioniso
Ao som melífluo da flauta de Pã
Enquanto as bacantes dançavam
Em êxtase e o mundo foi povoado.

Mas os deuses temerem
E mandaram lanceiros para
Por ferros em Terror
E Amor também sucumbiu
E Loucura também foi presa
Toda Música parou de tocar
Sem dança alguma
As dançarinas se retiraram
E novamente a ordem prevaleceu.
Cérbero capturado foi posto em correntes
Em cravos fincados numa rocha
Vulcânica selada pela lava seca.

Nunca mais o Amor habitou a Terra
Nem o Céu
Pois Amor foi enclausurado
Em Hades
Para que a Loucura não mais
Perdurasse em toda a Terra.

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