terça-feira, 28 de setembro de 2010

Silêncio da tarde

Sem nada falar
As palavras são ditas
Em toda sua verdade
Pois não economiza
No silêncio transparente
O movimento dos olhos
Que se cruzam por instantes
Como nada mais precisasse
Ser colocado em letra aberta.

E como o tempo demora
Para passar
Num eterno movimento
Quase parado no espaço
Infinito de nossa existência.

Só os olhos bastam
Revelando sua mais funda
Areia cristalina
Que nunca se turva.

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