domingo, 19 de setembro de 2010

Que frio que sinto

Um pássaro estranho
Insiste em cantar
Um canto afinado e belo
Anunciando alguma coisa
Pelas manhãs de inverno.

Tempo em que todas as folhas
Despencam dos galhos e os galhos
Ficaram totalmente nus
E soprados pelo vento
Torcendo seus troncos
Tal qual um corcunda.

O inverno é um velho
Que caminha desconsolado
Pelas ruas solitárias
De minha cidade
Cidade que existe
Nos neurônios explodindo
De minha mente.
Todo frio que sinto
É na minha mente que sinto.
Sinto tanto a falta de uma
Mão quente que acalanta
E embriaga a pele ressecada
De tanta febre em vão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário