domingo, 26 de setembro de 2010

Como bolhas de sabão

Se assumirmos nossa própria
Condição de bolhas de sabão
Que sopradas vão sempre subindo
Descendo também sem se importar
Refletindo o mundo inteiro
Seja azul seja negro seja vermelho
Até que venham as farpas da rosa
Fazendo explodir em pedaços de água
Cristalina mil partículas gasosas
Que me importa sua existência efêmera
Tão breve que nem deixa rastros
Pelo caminho onde passa.

Como bolhas de sabão
Vivemos os perigos da vida
Vivendo intensamente
E morrendo em cada esquina
Nos braços de uma mulher.

Ao tomarmos ciência
De que bolhas de sabão não são
Eternas
Eternas serão os momentos
Fugazes como gazes
Evaporando a cada instante.

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