terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quando o inverno se for

Nunca o inverno foi tão
Rigoroso nos trigais para fazer pão
Em que nenhum calor
Foi sentido na pele macerada
E as bocas se calaram
Num silêncio que não passou
De profundo desencantamento.
E continuaram caladas
Bocas
E sentimentos
Congeladas talvez pelo
Gelo nos corações.
- Inclusive no meu.
Mas quando o inverno se for
Então da terra coberta surgirão
As armas do passado
Os fantasmas do passado
Para nos assombrar
Uma história que não pode
Ser esquecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário