terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ventos da radiação

Uma lembrança sinistra
É lembrança que não me abandona
Uma fuligem atômica se espalha
Toda vez que chega agosto
Novamente aquele cogumelo imenso
Se levanta e anuncia a morte
Diante do terror das virgens de pedra
Que arregalaram os olhos
Hiroshima desapareceu
Nagasaki desapareceu
E ninguém se lembra mais.

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