terça-feira, 3 de agosto de 2010

Lição mal feita de poesia

Nem sei bem o que
É ser poeta
Palavra simpática
Para alguns
Algo de incomum
Que todos gostariam de ser
Alguns são integralmente
Poucos são os que vivem
Poesia.
Deixam se embriagar pelas
Emoções das palavras
Sentidas profundamente
Significadas profundamente
Seja nos perigos do amor
Seja na dor dos desatinados
Sem medo de enlouquecer
Dos desarranjos intestinais
Que a febre do calor
Pode provocar.

Nem sei se escrevo poesia
Escrevo qualquer outra coisa
Que pode ser poesia
Ou não
Que seja então coisa alguma
Desde que seja verdadeira
Não para o poeta apenas
- não para se vangloriar-
Que seja para quem vive
As agruras da vida
Em toda sua intensidade
Que no encontro do amor
Encontrou apenas
Desencontros
Mas não se aquietou.
Escrevo a desordem
De um final nem sempre feliz
Pois felicidade não passa
De uma ilusão construída
Na tela de televisão.

Escrever sobre a verdade
Pode libertar os fantasmas
Os demônios e as fadas.
Escrever poesia
Pode ser
Amar o reumatismo
Também amar a mulher
Que nunca se preocupou
Em ler poesia
Pois a vida é contradição
O amor é maldição
Que o poeta bem conhece.

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