Por quantas vezes errei
Somente por falar demais
Quando a fala se fez necessária
Poderia ter me calado
E os excessos de uma palavra mal
Colocada
Evitaria mal estar em toda população
Ainda que a intenção fosse boa
Não foi bom o entendimento
Que de mal entendido
As bocas se calaram de vez
Tarde demais.
Mas no silêncio purificador
Nenhuma palavra vem a calhar
Que penetrando fundo
Lá no fundo da alma escura
Nenhuma luz é necessária
Nem nada
Apenas a síntese
Da união que dispensa
Qualquer explicação
Que não necessita
De palavra.
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