segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Velhos e delinquentes

De repente deparamos
Que a juventude se fora
E continuamos agindo ainda
Como fôssemos delinqüentes juvenis
Em sua mais ampla irresponsabilidade
Social e política
Por medo de ver refletido no espelho
Uma face que deixou de ser nossa
Desconhecida
Destorcida de toda realidade
Que continua fingindo
Uma emoção que não é mais sua
Nem sua é a alegria
Disfarçada no canto da boca
Em riso amarelo
Que a ninguém mais engana.
Crescemos o suficiente
Para termos rugas
Só não temos
Não temos vergonha
Da farsa que continuamos
Representando
Como mal ator
Atrizes de um teatro mambembe
Para divertir
Os loucos livres de qualquer
Censura.

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