domingo, 8 de agosto de 2010

A inutilidade da vida

As margaridas que tenho
Diante
Frescas e deslumbrantes
Em poucas horas
Nada mais serão
Do que flores secas
E serão
Totalmente descartadas
Desprezadas
Como inúteis.

Inútil também o poema
Que escrevo
Cuja beleza somente
Passageira
Quando escrevo
Sem nada ganhar
Sem nada agradar.

O teu nome que gravo
No tronco da bananeira
Para nada serve
Senão que serve
De alimento às larvas.

Ainda bem
Que nada serve
Para nada
Assim continuaremos
Fazendo aquilo
O que não serve para nada
Como condição da existência.
- E existir para que servirá
Afinal?

Nenhum comentário:

Postar um comentário