sexta-feira, 23 de julho de 2010

As rãs das águas profundas

Todas as noites acontece
Num tanque atrás do muro
Uma rã começa a coaxar
Vem outra e continua
Em segundos todo o tanque
É apenas o coaxar
De infinitas rãs
Que revelam olhos grandes
Seus pulmões se estufando
Com toda a força reclamam
De suas existências.

Aquelas rãs vivem nas águas
De nossa existência
Nos planos mais profundos
Com todos os fantasmas
Que jamais mostram a cara.

As rãs são a nossa cara
Que se oculta.

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