terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vai

Quando o Souza de casa saia
sua mulher sempre falava:
- Vai com Deus - e ele ia,
ao trabalho não faltava.

Quando era a mulher que saia
toda vez ela falava:
- Souza, fica com Deus.
E o Souza em companhia ficava

Mas no domingo lá na praça
Estouravam fogos pro futebol
Ninguém viu, foi tão rápida a desgraça
A criançada na gritaria nem cismava

Não deu tempo, foi tão rápido, o Souza
com a mão no peito caiu, morreu.
E ninguém disse: Souza, vai com Deus.

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