sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Amamos as amarras

Num quarto fechado
Cinco demônios compartilhavam
Uma vida comum
Comum era a vida que levavam.
O demônio um importunava
O demônio dois que reclamava
Do demônio três que não concordava
Do demônio quatro que não trabalhava
Do demônio cinco que só mandava.
Um dia a porta se abriu
Um demônio pensou
“posso ir embora!”
Um outro pensou
“o momento é agora!”
Os outros esperaram
O primeiro movimento
Que não aconteceu
E todos voltaram para dentro
Ignorando a própria liberdade.
Continuaram prisioneiros
Das próprias vontades
Dos demônios que precisavam
Para se sentirem humanos.
Desumano era ser
Livre.

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