sábado, 20 de fevereiro de 2010

Meu último carnaval

Que posso fazer com a velha máscara
De um carnaval que passou
Toda fantasia levada pelas águas
De uma farra de quatro dias.
Se pudesse usar novamente
Diariamente no trabalho e na casa
Se pudesse colocar de vez na cara
Minha máscara de gordo fanfarrão
Nada mais me segurava
De ser feliz em gargalhada
Pelas ruas pelas calçadas
Andar na contramão
Amar a mulher do guarda
Sem medir conseqüências
Cantar todas as árias de uma opereta
Italiana por excelência
Italiana era ela
Minha primeira namorada.

Mas a máscara rasgou após chuvarada
Esfriou em instantes
Meu coração esfriou
Nem posso mais ser feliz.

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