Quando saio à rua
levo nada na cabeça
Levo uma máquina de retratar
e um caderninho de notas
A cabeça segue inóspita
e não pensa rimas
- palavras não são imãs
são coisa seca como folhas soltas
É uma linha, vinte passos
outra linha, uma árvore!
- a casca tão coberta de musgo
num verde de profundo abandono...
Até me livrar delas, das linhas
e das palavras. Até o caminho se livrar.
E no espelho baço dos vidros laminados, não mais.
Se desaparece sem se supor, até mesmo em rabos de olhos.
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