sábado, 19 de junho de 2010

Sem espantar a tristeza

Esta frieza dos modos presentes
Não serve para ocultar a lava
Que derrama pelas bordas a chama
Que incendeia a alma perene
De uma dor sentida
De um mundo cada vez mais
Irreal e que clama por uma alegria
Que não mais acontece.
Por cima das pedras o limbo
Surgiu em sua antiguidade
Em sua brutal natureza
Mantém toda sua dureza
Cristalina e tristemente sentida
O sopro do vento pelo deserto
Traz algum encantamento
Nas patas dos camelos
Que continuam a mastigar
Uma grama que não mais existe.

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