quarta-feira, 23 de junho de 2010

O saci da parede

Aquele mesmo casal
De mendigos
Ganhou um novo amigo
Na parede de seu quarto avenida
Estampado estava
Um negro retinto
Saci era o seu nome
Em nenhum momento
Reclama
Do que quer que seja
Faça dia faça noite
Saci os protege
Dos olhares maliciosos
Saci é fiel...
Que nada promete
Nem neste mundo
Nem no outro
Imundo é a mente
Dos insensatos
Que não acreditam
No saci
Em sua total inutilidade
Que da parede
Não sai
Não abandona
Mendigos e sábios
Marginais e poetas
Que se encantam
Do bailado perneta
Do saci.

Nenhum comentário:

Postar um comentário