quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ilusão que foi passageira

O que restou do tempo
Na caída da areia afunilando
No cristal
Senão uma memória
Que aparece
Que desaparece
Sem se dar conta
De sua própria inconstância
Cujo passado é o presente
Apenas na mente passageira
Numa bola de sabão que teima
Sair ilesa numa provável explosão.
Até mesmo Joaninha
Que amava Tenório
Que amava Joaninha
Passados vinte anos
Trocou Tenório por
Mário Ferreira dos Santos
Que surgiu do nada
Nadando contra as ondas.
Mas Tenório continua a amar
Joaninha de vinte anos atrás.

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