domingo, 13 de junho de 2010

O casarão que havia

Onde antes havia
Uma construção nada mais
Há agora do que destruição
De um dia para o outro
Tudo virou escombro
E toda a história que havia
Naquele local
Desapareceu num soprar
De um vento rasteiro.
Os amores que lá havia
Inscrito nas paredes rabiscadas
Encontros e também
Desencontros
Nada mais resta
Não resta mais a memória
Que baixou como poeira
De concreto armado
De ferro contorcido
Tudo se foi
Em instantes.
Como nunca tivesse havido
Nem fotografia se tirou
Dos tempos que havia
Uma velha construção.

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