Havia no fundo da casa
Um poço profundo sem fundo
Que passasse um raio de luz
Que tudo que nele caia seria
Engolido inteiro pelo desconhecido
Nada sabia o que realmente havia
Lá no fundo do poço
Talvez houvesse a mulher que amava demais
Como demais fosse possível amar
Talvez houvesse o homem cujo amor foi demais
E sucumbiu na própria loucura do ato
De amar desesperado.
Quem nunca mergulhou
No fundo do poço ainda não viveu
O mais profundo das emoções vividas
O beijo gelado da morte
Daquela mulher que sempre nos espreita
Seduzindo-nos com seu corpo de sereia.
Entregando-nos a este amor
Morremos a cada instante
De calor que afasta qualquer
Pressentimento.
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