sábado, 29 de maio de 2010

Um poço profundo

Havia no fundo da casa
Um poço profundo sem fundo
Que passasse um raio de luz
Que tudo que nele caia seria
Engolido inteiro pelo desconhecido
Nada sabia o que realmente havia
Lá no fundo do poço
Talvez houvesse a mulher que amava demais
Como demais fosse possível amar
Talvez houvesse o homem cujo amor foi demais
E sucumbiu na própria loucura do ato
De amar desesperado.
Quem nunca mergulhou
No fundo do poço ainda não viveu
O mais profundo das emoções vividas
O beijo gelado da morte
Daquela mulher que sempre nos espreita
Seduzindo-nos com seu corpo de sereia.
Entregando-nos a este amor
Morremos a cada instante
De calor que afasta qualquer
Pressentimento.

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