sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quando o mundo pára

Ao cair da noite
Um gole apenas de café amargo.
Por cima das ruínas o vento passeia
Sem levantar poeira
E num silêncio demorado
Faz do tempo um tempo parado.
E parados ficamos sem que nada
Mais aconteça.
Acontecimentos que se foram
Confundem-se com acontecimentos
Do agora que nada acontece.
Assim a cidade dorme
Para que a vida aconteça
Nos sonhos em que
O impossível se torna a ordem
Sem pecado algum
Sem culpa
E a sinceridade se torna a ordem
Com toda a verdade
Com toda a disposição.

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