Ainda carrego em meus braços
Os arrozais de Kumamoto
Que ao vento da primavera
Dobravam-se em reverência.
Ainda enterro minhas pernas
Naqueles alagados
Cujo barro tingia de negro
As pernas das velhas
Que curvadas avançavam na vida.
Vistos do alto
Das montanhas dos pinheirais
Somente do arroz
Sinto saudades
Que verdes balançavam
Uma brincadeira
De criança levada.
Os arrozais que sempre
Estarão comigo
Que em suas águas lamacentas
Enterro meu corpo inteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário