quinta-feira, 26 de julho de 2012

Liberdade da incerteza


Um pássaro, quando preso,
Não é da pela liberdade que canta em solidão
Atrás das grades que lhe impõe o nome “lar”.

É pela incerteza que a ave chora,
Canta amargamente.
Confinado num mundo programado
Cheio de certezas, metódicas como um relógio,
Sequenciais, intermináveis,
Ininterruptas e infalíveis.

Ah! A certeza.
Não há nada mais repugnante que a certeza,
Para um pássaro de horas marcadas,
Que sabe onde, quando e como vai morrer.

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