Um pássaro,
quando preso,
Não é da
pela liberdade que canta em solidão
Atrás das
grades que lhe impõe o nome “lar”.
É pela
incerteza que a ave chora,
Canta
amargamente.
Confinado
num mundo programado
Cheio de
certezas, metódicas como um relógio,
Sequenciais,
intermináveis,
Ininterruptas
e infalíveis.
Ah! A
certeza.
Não há nada
mais repugnante que a certeza,
Para um
pássaro de horas marcadas,
Que sabe
onde, quando e como vai morrer.
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