Como é silencioso a noite
Em minha sala de leitura
Em que minhas lembranças
Nada mais são
Do que lembranças
Mas que ainda
Não saíram da minha mente
Sou lembrança no presente
Sou o passado reinventado
Nas paredes brancas
De minha existência
Efêmera com certeza
Bolhas de sabão
Subindo acima do portão
Por entre as lanças
E ferros indomados
Sou também a incerteza
Que navega num barco
Furado!
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