Quando acordei
Lavei minha cara
Era uma cara comprada
Numa loja de fantasias
Uma cara de palhaço
Com nariz vermelho
Um palhaço que tinha nome
E assim passou a existir
Que trabalhava
Que vagabundeava
Pelos rincões desta cidade
Um palhaço que pensava
Existir
Mas não passava
De uma máscara
Que pensava que a máscara
Era a sua cara
Sua cara?
Todas as caras vendidas
Numa casa de máscaras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário