Perdoem-me
Minhas limitações
Por não ter estudado
Matemática
Nem geometria.
Perdoem-me
Minhas limitações
Por não ter sido
Um atleta competente.
Perdoem-me
Minhas limitações
Nos estudos elevados.
Perdoem-me
Minhas limitações
Por não tocar flauta
Nem saber cantar.
Nesta vida inteira
Pouco fiz
Não tomei bebedeira
Não conheci Paris.
Nem fui bom
Um tanto mau
Por isso uma acidez
Contínua me destrói
O estômago.
Fui um mentiroso
Que acreditava ainda
Que ainda
Uma garota de olhos grandes
Haveria
De ser musa eterna.
Que escrever espantava
Uma solidão permitida
Dos desvairados
Presos em seus quartos
Cuja poeira
Caia densa
Num assoalho de cera
Vermelha.
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