domingo, 12 de junho de 2011

Sem lugar à mesa

Não é o frio que me espanta
Nem é mesmo a noite vazia
Que desce com todo o seu peso
Em minha cabeça.

O que me espanta
É a total indiferença
Do amigo que falta à mesa.
E nos conformamos com a falta que faz
Da companhia que sempre repartia
Suas velhas memórias
Desencontros de uma vida
Que se realizou.

Memórias são também minhas
Que não morrerão tão cedo
Enquanto amigos reunirem-se
Numa esquina qualquer
Em volta de uma mesa
Só para compor
Poesia.
A vida é poesia
Que jamais morre!
A poesia sempre fica.

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