De uma janela espiava o mundo
Esperando que um dia
Viesse alguém bem afeiçoado
Que pudesse levá-la dali.
E assim esperou
Até que as rugas surgiram
Nem era tão bonita assim
E por fim apareceu
Alguém não tão afeiçoado assim
Mas era o que apareceu
Não a levou dali
E se instalou naquele lugar
E foi se ajeitando
E foi ficando.
De uma janela continuou
Espiando o mundo
Sem esperar que a felicidade
Pudesse entrar
Pela porta da frente.
Somente espiava
Para não perder o jeito.
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