terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Numa estrada torta

O que se pode dizer
de si mesmo
senão uma breve
lamentação.

Não fui sapateiro
borracheiro não fui
Não fui eletricista
nem metereologista
guitarrista de uma banda
de rock
como existia nas garagens
de minha adolescência.

Meus amigos se foram
meus amores se foram
meus sonhos também.
Só me restou o caminho
das estrelas
em que nada encontro
senão uma poeira fina
de meus pés mesmos
num rastro apagado
atrás de mim.

De fato fui
errado
fui mal e malcriado
fui um pau torto
que nunca tomou jeito
nem se endireitou
pois não havia jeito
sujeito a vagabundice
literária
das letras descompostas.

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