terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Não esquecemos Fukushima

Se pudesse escreveria
Uma oração apenas
Silenciosa
Sem muitas palavras
Para consolar
Aqueles que morreram
Aqueles que viveram
Para contar
Das águas que varreram
Os arrozais
Negra água da destruição
Fukushima
Fukushima jamais será
A mesma
Após março
Submersa em nossos corações
Cujas lágrimas ainda
Continuam caindo
E inundando ainda
Até que o esquecimento
Possa enfim
Enterrar os mortos
E fazer viver os vivos
Que continuam em seus barcos
Flutuando de um lado para outro.

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