domingo, 8 de maio de 2011

Sopra a brisa fria

Nestas noites infinitas
De outono
Fundo cinza de um céu
Prestes a desabar
Sobre os nossos ombros
Pesado seria se não pudéssemos
Suportar a mais leve dor
De uma ilusão que se acende
Numa chama
De uma estrela perdida
Prestes a congelar-se.

Todo fogo
Em pouco tempo
Há de se apagar
E assim a vida
Continua numa marcha
Em que conduz
Não a minha vida
Mas a minha estrada
Incerta
E insegura
Mais do que nunca.

Diante a incerteza
Como é fresca a brisa
Que roça em meus pelos
Em todos os meus cabelos
Que outrora havia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário