Que demônios
encontrarei pelo caminho
serão alados
serão enrabados
pouco importa o que sejam.
Poderei tomá-los como mestres
aprenderei a arte da tolerância
ainda que tenha o corpo surrado
não revidarei
assim em poucos instantes
nada mais poderá incomodar
que de cansados
quedarão sentados
não haverá vitorioso
nem perdedor
apenas a sublime contemplação
de um rio correndo rápido
sem que um seixo sequer
deposite limbo.
Serei totalmente livre
passeando pelos campos
de vegetação rasteira
sentindo o vento no rosto
batendo com as mãos
no trigo amarelando
diante do sol rebentando
as cabeças de cabaça.
Se o céu parecer nublado
não me importa
Se as águas inundarem os arrozais
não me importa
Por onde a vista alcança
sempre haverá uma luz radiante.
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