domingo, 15 de maio de 2011

Silêncio que fala

Ainda que nada diga
Nada parece ser mais
Significativo que este imenso
Vazio
Ausente de palavras
Em que cada nada
Pode ser possível
Uma infinidade de sentidos
Cuja representação
Nunca poderá ser.

Ainda que a simpatia exista
Distante fica
Um olhar rápido
Fugidio e imediato
Como faísca se vai
Riscando a superfície lisa
De um mármore.

Como nunca te conheci
Como agora
Agora é apenas um instante
Que foi embora
Deixando atrás uma poeira
Fina que se acumula
No mais fundo poço
De uma existência fugaz
Que ninguém acredita mais.

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