No entanto, o que constitui o poeta é precisamente o fato de suprimir em si próprio tudo o que lembra um mundo artificial, de saber novamente produzir em si mesmo a natureza em sua simplicidade original. Mas se fez isso, também está livre de todas as leis mediante as quais um coração desencaminhado se protege contra si mesmo. É puro, inocente, e o que é permitido à natureza inocente, também o é para ele; se tu que o lês ou ouves já não és imaculado e nem podes sê-lo sequer momentaneamente mediante sua presença purificadora, a infelicidade é tua, não dele; deixa-o, pois, não cantou para ti.
Poesia Ingênua e Sentimental, de Friedrich Schiller.
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