terça-feira, 14 de maio de 2013

As palavras ditas


Não tenho que agradar
nem escrevo para desagradar.
Não sei se realmente escrevo
pois as minhas mãos escrevem
uma escritura de sensações.

Não sei quem sente
sei que não sou eu.

Não sei quem sou eu
a navegar nas ondas
de uma ventania
de palavras ao relento.

Sou a folha seca
neste momento em que
vivo o outono.
É o outono que vive em mim
tornando os dias
mais claros
os dias mais curtos.
Pudesse ser também
a palavra não dita
bendita sejam as mulheres
de fé
que creem na Virgem Maria.

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