terça-feira, 14 de maio de 2013

A moça do lado


Ainda vazios
os bancos vazios
esperam passageiros
espera a partida.

Ônibus da periferia.

A claridade do outono
logo se nota
na cara da moça ao lado.

Seus óculos escuros
receando a luz
preferindo o escuro
ao fundo das bolas dos olhos.

O dia esconde
enquanto a noite revela
mas a luz do agora
respiro sem pensar
vivo milhões de anos
em cada pulsar.

Esqueço por momentos
a moça se foi
nunca mais a encontrarei
que ônibus ela tomará
nunca saberei.

A vida é acidente
os encontros pedras atiradas
ao vento
se voltam não sei.
A vida é lamento
num fado português.

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