Ainda vazios
os bancos vazios
esperam passageiros
espera a partida.
Ônibus da periferia.
A claridade do outono
logo se nota
na cara da moça ao lado.
Seus óculos escuros
receando a luz
preferindo o escuro
ao fundo das bolas dos olhos.
O dia esconde
enquanto a noite revela
mas a luz do agora
respiro sem pensar
vivo milhões de anos
em cada pulsar.
Esqueço por momentos
a moça se foi
nunca mais a encontrarei
que ônibus ela tomará
nunca saberei.
A vida é acidente
os encontros pedras atiradas
ao vento
se voltam não sei.
A vida é lamento
num fado português.
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