sexta-feira, 4 de maio de 2012

Passeio sem amigos

Nesta manhã solitária
O ruído das máquinas
É um consolo
Enquanto isso
Uma brisa chega
Soprando levemente
Pelo rosto de barba mal feita
E passeia
Pelas ruas de rostos anônimos
Acariciando às vezes
Maltratando às vezes
Desaparecendo por fim
Por detrás das árvores
Cujas folhas caíram todas
E expondo seus galhos
Como braços que avançam
Pelo céu encoberto por
Suave e fina poeira
Uma névoa que esconde
Os pés descalços que calcam
O chão gelado de inverno
Que apenas inicia-se



Nenhum comentário:

Postar um comentário