terça-feira, 1 de novembro de 2011

Cidade passageira

Chovia naquela tarde
Incessantemente chovia
Pelas ruas desta cidade
Enquanto a vida passava
Passava urgente a mulher
Que perdia o trem
Era o trem que passava
Era também
Um tiro que passava
Um raio também
Veio a morte
Mas nada detinha
Daquilo que arrastava
E passava
Passageiro de passagem
Sem nunca se deter
Um instante sequer.

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