quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Em tempos de esquecimento

Quem era você
não me importa mais
se o tempo passou
passou também a vassoura
pelos jardins da memória
não deixando sequer
uma folha atirada
ao relento.

Sempre te conheci
nunca te conheci realmente
nem sei mais seu nome
que também mudou.
Seu rosto mudou
em instantes
e nada mais
me parece familiar.

Fico-me a perguntar
em que momento parei
de sonhar
e todo o sorriso que havia
se desfez
como castelos de areia
levados pela água
salgada do mar.

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