sexta-feira, 20 de março de 2015

Desfiladeiro das Termópilas

                
Os Trezentos de Esparta
Trezentos são os escudos
Trezentos são as espadas
Sem medo da morte
A morte recebida no peito
Aberto a varar a tarde.

As flechas caíram
Em intermitente chuva
Escureceu
Veio a noite por instantes.

As andorinhas deixaram
De voar
Os lobos deixaram
De uivar
E veio o silêncio
Por todo o desfiladeiro
Derradeiro silêncio
Em que não havia mais
Nenhum sofrimento.

Os Trezentos de Esparta
Morreram em pé
Em colunas
Escudos levantados
Sem poder deter
As pontas de ferro
Rabeiras de penas de ganso
Milhares de flechas
Zumbindo no ar
As cordas vibrando
Os arcos vergados
Dos braços dos persas.

Sem cantar vitória
Milhares de persas
Deixaram Termópilas.

O canto do poeta exalta
Os Trezentos de Esparta

Que nunca morrerão.

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